Doença de Peyronie

Doença de Peyronie é o nome dado à situação em que ocorre o desenvolvimento de uma cicatriz fibrótica no interior do pênis (túnica albugínea), causando tortuosidade peniana e eventualmente ereções dolorosas. Em casos de tortuosidade significativa, causando desconforto e dor, pode haver interferência ou dificuldade na relação sexual e na manutenção da ereção. A tortuosidade pode ser estável ou ainda em progressão. Em geral, após cerca de 6-12 meses de progressão, ocorre a estabilização da doença.

A dor pode acompanhar a primeira fase da doença de Peyronie. As causas da doença de Peyronie não são completamente compreendidas, envolvendo distintos fatores, incluindo microtraumatismos repetidos durante a relação sexual ou atividade física ou na maioria dos casos sem um fator possível de ser identificado. Ao procurar tratamento médico, é interessante já levar fotos documentando o pênis em estado de ereção, para possibilitar a avaliação do grau de tortuosidade. Exames adicionais podem ser necessários em alguns casos.

O tratamento pode incluir medicação, acompanhamento, ou em alguns casos cirurgia. Medicações injetáveis podem ser utilizadas em algumas situações. A cirurgia pode ser realizada através do encurtamento do lado normal, deixando-o do mesmo comprimento do lado acometido do pênis, ou através do alongamento do local acometido pela placa cicatricial. Esta segunda forma de tratamento têm a vantagem de não causar encurtamento peniano, mas tem um risco maior de ocasionar disfunção erétil. Neste contexto, há distintos materiais que podem ser utilizados como enxerto, como os materiais autólogos (retirados do próprio paciente) ou heterólogos como por exemplo o Biodesign (Enxerto para correção do Peyronie). Em algumas situações, os implantes penianos podem ser utilizados.


Autor: Dr. Fernando Korkes

Doutor em oncologia e fellowship em cirurgia minimamente invasiva e robótica pela Harvard Medical School